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Logos, Símbolos e Mercado Financeiro

O uso de símbolos antigos para fins corporativos é mais comum do que se possa pensar. A maioria das pessoas só não os percebe pela falta de familiaridade e a estilização que eles sofrem, antes de se converterem em logotipos.

O símbolo ao lado é chamado de Trisqueta. Para os celtas, ele representaria os três aspectos da "Deusa": virgem, mãe e anciã. Também é conhecido como "Nó da Trindade Céltica" ou "Celtic Trinity Knot". Seus atributos incluem o mar, a terra, o céu e os ciclos de nascimento, vida e morte. Há, portanto, o sentido de unidade, eternidade e entrelaçamento infinito.

Os seus significados pagãos foram ignorados e reformulados através de São Patrício, missionário irlandês, de modo que o "Nó da Trindade Céltica" acabou sendo adotado como uma das representações da trindade cristã: Pai, Filho e Espírito Santo.

O símbolo também é tido como uma dissimulação do número 666:


Talvez o leitor já tenha lido ou ouvido falar sobre o "Torus Knot" ou "Gordian Knot", considerado por alguns estudiosos como uma espécie de modelo geométrico/matemático do universo... Ele está na capa do livro "Conspiração Aquariana", de Marilyn Ferguson, na versão em língua inglesa, vista à abaixo:


Temos um exemplo bastante conhecido do uso dessa figura aqui no Brasil:


O símbolo do Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. é um "Gordian Knot", similar ao "Celtic Trinity Knot", correspondendo exatamente ao que chamam de "Fita Entrelaçada Sem Fim", no Brasil. Obviamente, também pode ser visto como um entrelaçamento de três números seis, ou seja, 666:

Mas existem muitas formas de chegar ao "número da besta" e é preciso prudência neste tipo de observação. Como símbolo, um mero triângulo eqüilátero pode representar o número 666 porque a definição de triângulo eqüilátero descreve uma figura geométrica com três ângulos de 60º. A conotação de um símbolo depende da intenção no uso. Assim, ao restringir e banalizar significados para suprir expectativas religiosas, o número da besta pode se tornar uma grande besteira e motivo de piada... Cuidado!

Deixando a conotação apocalíptica de lado para abordar uma perspectiva não menos sinistra, dizem que o uso da "Fita Entrelaçada Sem Fim" teria o suposto poder de fortalecer o pacto entre pessoas e organizações. Não se pode ignorar que a intenção do logo represente a coesão institucional das diversas incorporações ou fusões que foram feitas no decorrer de sua história. Mas os símbolos operam em múltiplas dimensões. Usado numa instituição bancária, o que me vem à mente é o eterno nó de empréstimos, cheque especial e dívidas que não acabam mais... Haveria também tal intenção?

O logo do Banco do Brasil parece seguir uma linha parecida e pode não ser apenas uma estilização do cifrão ou de duas letras "B" atadas. Neste caso, uma possível referência seria o "Nó Tibetano Sem Fim" ("The Tibetan Knot" ou "The Endless Knot"). Observemos o logo ao lado de exemplos do nó:


Coincidência? Pode ser, mas um nó é um nó. Quem já ficou enovelado num financiamento que o diga...

Convém mencionar que o "Nó Tibetano", em si, é considerado auspicioso dentro de seu contexto original onde a ele se atribui a sabedoria e a infinita compaixão de Buda. O mesmo poderia ser dito sobre o "Nó Celta". Porém, a conjuntura aqui mostrada é outra...

A águia é outro símbolo bastante utilizado e interessante. Trata-se de uma ave de rapina e um predador implacável. Foi um dos símbolos do Nazismo e dos imperialismos entre os quais se inclui o Norte-Americano e o Austro-Húngaro...

Em 2007, depois de 30 anos no topo de um de seus principais edifícios, localizado em Poole, Dorset, o Barclays decidiu remover sua Águia de alumínio de três toneladas e meia, após a publicação de matérias especulando sobre as semelhanças com a Águia Nazista.

O Banco comunicou que o logo de mais de trezentos anos foi removido por estar desatualizado. Como, na época, havia a expectativa de fusão com o ABN AMRO, ocorreram rumores de que a medida seria para agradar o novo parceiro, incomodado com as associações feitas ao símbolo. De qualquer modo, o interessante é perceber a disposição do Barclays de abrir mão de uma marca centenária para evitar associações mesmo que injustificadas; já que a sua águia é muito anterior ao advento do nazismo. Predominou, portanto, uma preocupação em desassociar a imagem do Banco com uma referência histórica negativa.


Não há como não comentar que o logo das agências do Barclays é esquisito. Temos a águia com três coroas (no peito e em cada uma das asas) como que pairando sobre o mundo. Acontece que, dependendo de como você olhe, os contrastes de luz e sombra confundem a percepção da Águia, destacando uma silhueta escura que mais parece um dinossauro ou algum monstro das profundezas do mar, de boca escancarada, cheia de dentes, inclinando a cabeça para abocanhar as três coroas. Na primeira vez que olhei, foi essa a impressão que tive, ao invés de enxergar a águia. Não importa se foi involuntário, o gosto é duvidoso e o efeito é grotesco...

Agora, com toda a justiça, o logo do ABN, apesar da aparente presença de escrúpulos no caso do Barclays, também tem uma geometria bastante curiosa com aquela pirâmide dissimulada e o formato de pentágono invertido que eles dizem ser um escudo...

Três coroas adornam a águia do Barclays, três domínios, três reinos... Quais seriam eles?

O UBS, sigla do Union Bank of Switzerland, também tem a sua trindade na forma de três chaves sobrepostas:


Segundo o Banco, as três chaves significariam confiança, segurança e discrição. Herança do SBC (Swiss Bank Corporation), após a fusão em 1998.

Essa descrição pode até corresponder aos valores do UBS e em nada comprometem ou revelam sua visão e missão. Mas seria mesmo a fonte de inspiração para as três chaves do logo? Curiosamente, o segredo dos dentes de cada chave forma uma letra "V" vazada. Em hebraico a letra "V" equivale a "Vav" cujo valor é seis. Portanto, nesta perspectiva, temos um número 666 embutido no logo.

Na Heráldica a presença das chaves está associada à tutela, proteção e guarda, tanto quanto ao domínio, autoridade e soberania. Assim como as três coroas estampadas na águia do Barclays, essas chaves são ícones de poder. Poder para abrir ou fechar "portas". Mais até do que fechar: trancar, encerrar ou encarcerar...


Nos brasões eclesiásticos, trata-se de um tema recorrente, relativo a São Pedro e as chaves que sincronizam as conexões entre o céu e a terra. Por falar nisto, o Papa costuma usar uma coroa tripla ou Tiara Papal que também é chamada de "Triregnum", isto é, três reinos.


Já no tarô, além da Tiara, o Papa dispõe de uma cruz tripla, com três barras horizontais ou, no caso do Tarô de Thoth, de Aleister Crowley, uma espécie de chave ou bastão onde três círculos se entrelaçam, formando uma Trisqueta, no centro.

As explicações para a tríplice coroa seguem desde a regência Papal sobre os poderes militar, civil e religioso até a divisão dos poderes existentes entre temporal, espiritual e moral, dos quais o Papa seria o soberano incontestável.

Pontífice vem do latim "pontifex" e significa "construtor de pontes"; aquele que faz pontes que ligam o homem ao divino. Mas há quem diga que o título de sumo pontífice bem poderia ser o daquele que arroga o direito de dar a última palavra sobre os demais pontos de vista...

Particularmente, penso na Tiara como uma representação do poder material, mental e espiritual da Igreja. Através dos séculos ela tem buscado exercer sua influência sobre o que possuímos, pensamos e cremos. Assim, a distinção dos três mundos poderia ser: exterior (matéria), interior (alma) e divino (espírito).

Deixando de lado as especulações sobre os significados não declarados das chaves do UBS, além do paralelo com as três coroas do Barclays, existe uma característica interessante que os dois desenhos têm em comum: a geometria!

Observemos o arranjo geométrico:


Note-se que ambos os desenhos estão inscritos dentro de um hexagrama. Existem outros símbolos bem conhecidos que são derivados dessa mesma estrutura e por uma questão de pertinência, citarei dois. Um deles é o próprio hexagrama, nomeado "Estrela de David" e tornado símbolo nacional dos judeus; o outro se oculta no mesmo tipo de sutileza geométrica dos logos acima:


À letra "G" do símbolo maçônico se atribui vários significados, creio que os mais conhecidos sejam God, Geometry e Generation. Segundo penso, a terceira palavra, Generation, é a mais adequada para a presente exposição. Interpretada no sentido de proliferar, crescer, multiplicar ou expandir...

O hexagrama tem um simbolismo sexual que não é usualmente discutido ou explorado. Uma das representações da figura é a interpolação entre as forças do céu e da terra, do masculino e do feminino, do homem e da mulher. Nesse intercurso, o triangulo com o vértice para cima representa o órgão masculino e o que aponta para baixo, o feminino. Mas o tipo de reprodução sugerido pelo símbolo não se limita apenas à continuidade biológica. Ele também diz respeito à multiplicação ideológica no crescimento de prosélitos.

Sob os auspícios da "Estrela de David" os judeus se espalharam pelo mundo. Sob o estandarte do "Compasso e o Esquadro", numa combinação hexagonal, os maçons expandiram sua "Grande Obra", conquistando adeptos dentro dos escalões mais altos da sociedade moderna e consolidando seu amplo poder de influência.

O que quero ressaltar sobre as formas que se inscrevem dentro do formato de um hexagrama é o que me parece ser o seu sentido oculto de expansão ou proliferação. O meu entendimento é que um brasão, bandeira ou logotipo construído com essa geometria, traz embutido um intenso propósito de ganhar espaço e de crescer. Não estou tratando isso essencialmente de modo negativo, ao contrário. A princípio, trata-se de uma insígnia promissora. O mal ou o bem que disto advenha será derivado da visão, missão e valores do empreendimento. Naturalmente, não aqueles que a empresa torne público para obter aceitação, mas os que representam a sua real verdade.

Considerando que a águia signifique expansão, o símbolo que estiver posicionado em seu centro será o foco central desse processo. Por exemplo, se um brasão hexagonal exibe uma águia em cujo peito se estampa a bandeira pátria (ou similar), existe um ímpeto nacional-imperialista inerente, esteja ele ativo ou adormecido. Há, portanto, uma propensão para ir além de suas fronteiras e expandir os seus domínios, inclusive pela força.

O Império dos Estados Unidos espalhou os valores de sua cultura pelo mundo: seu estilo de vida, alimentação, música, filmes, tecnologia e políticas, além de sua moeda; é claro!


O maior interesse dos norte-americanos está centralizado nas
questões econômicas que norteiam sua fé na ideologia da prosperidade. Neste particular, é interessante colocar em foco a famigerada nota de um dólar.

A grande maioria das pessoas não está familiarizada com os símbolos antigos, não presta atenção nos logos das empresas e grandes corporações, nem é capaz de decifrá-los ou relacioná-los com o que quer que seja. Mas eles podem nos dizer muitas coisas sobre os nossos tempos, para onde vamos e o estágio em que estamos dentro de um fenômeno global.

Nesses nossos tempos de incertezas e de descrédito generalizado, multiplicam-se as mais variadas teorias conspiratórias. Algumas são claramente infundadas, outras merecem ao menos o benefício da dúvida. O fato é que o "Olho que tudo Vê", mais do que uma referência maçônica, tornou-se uma espécie de marca registrada dos "Illuminati", dos quais a Maçonaria seria apenas um dos ramos. O "Olho que tudo Vê", de suposto símbolo da onisciência de Deus, hoje já é reconhecido por muitos como o olho de Lúcifer e um dos principais ícones da NWO; a New World Order.

Ele tem lugar de destaque nas Lojas Maçônicas, consagrado por séculos de reverências ritualísticas. Seu "brand recall" talvez só perca para o Compasso e o Esquadro, na associação com a Maçonaria. Além disso, foi se espalhando pelo mundo nas notas de um dólar como símbolo do poder americano desde 1935.


Oficialmente, a Maçonaria nega sua influência na concepção do desenho do "Grande Selo Americano". Segundo consta, apesar de Benjamin Franklin ter sido maçom e feito parte do grupo de quatro homens diretamente envolvidos na sua elaboração (os outros seriam Thomas Jefferson (maçom oculto?), John Adams e Pierre Du Simitiere), ele não teria contribuído em nada para o seu layout. Assim, resta acreditar que as propostas com temática bíblica de Franklin foram rejeitadas em prol de todo um simbolismo altamente complexo que foi elaborado por "profanos"...

Será que a acácia que cresce em torno da pirâmide, cujo simbolismo é altamente empregado na ritualística maçônica, também figura apenas como mais uma das "coincidências" encontradas, servindo somente como mais um elemento de adorno no desenho da nota?

Muito se poderia falar sobre a simbologia empregada na nota de um dólar, mas boa parte disso já está disponível para pesquisa através da internet. Obviamente, nem tudo o que se encontra através de mecanismos de busca como o Google é confiável; talvez a maior parte não seja... Mas, com um pouco de bom senso e paciência é possível "garimpar" e reunir informações de qualidade. Portanto, tentaremos abordagens um pouco mais originais ou incomuns, ao invés de simplesmente repetir o que já se diz por ai afora.

Afirma-se que a efígie de George Washington foi impressa não por ele ter sido maçom, mas um memorável presidente reverenciado como se fosse o primeiro, apesar de não ter sido...

Existem controvérsias, mas, para alguns, John Hanson teria sido o primeiro presidente americano, enquanto para outros foi Samuel Huntington. Será que os anteriores foram esquecidos por ter sido ele o primeiro presidente maçom-confirmado? Digo confirmado porque existem obreiros que trabalham na calada da noite e a julgar pela leitura dos sinais de seus antecedentes, podemos concluir que, mesmo não assumindo publicamente, faziam parte da mesma irmandade.

Comparado a outros símbolos, o olho dentro do triangulo parece ser relativamente recente e seu nascedouro (ou ressurgimento) estaria situado em concepções artísticas e arquitetônicas cristãs de meados do século XVII. De fato, isto significa bem pouco, pois os maçons há muito mais tempo se fazem presentes nos bastidores da Igreja e são habilidosos mestres nas artes e na Arquitetura.

Existem maçons que se assumem publicamente, assim como aqueles que permanecem ocultos para benefício da "Grande Obra".

Trata-se do claro e do escuro, do dia e da noite, da mão esquerda e da mão direita; pólos opostos e complementares,
alternando papéis que teatralizam o bem e o mal. Entre esses extremos, a busca pelo equilíbrio que deve ser alcançado entre períodos de ocultação e exposição social. O piso de mosaico dos templos maçônicos, no contraste de tons, representa justamente essa dualidade de trevas e de luz do caminho a ser percorrido pelo maçom.

Atualmente, existe uma profusão de pirâmides e triângulos, com ou sem o "Olho" em seu interior. Particularmente, em logos de empresas do mercado financeiro é um achado comum.

Em parte, sob a influência que circula através da cédula de um dólar há décadas, a pirâmide pode ter se fixado no inconsciente coletivo. Mas nem sempre é possível dizer que exista a falta de criatividade característica da imitação pura e simples. Nos grandes grupos empresariais, o mais comum é ver o direcionamento da criatividade no sentido de disfarçar a presença dessas figuras e essa prática pressupõe algum tipo de consciência ou intenção dissimulada...


No entanto, na categoria pirâmides, a composição mais engenhosa, em minha opinião, é a do HSBC. Segundo o próprio site do Banco, a explicação (que nada explica) para o logo seria a seguinte:


"A logomarca do HSBC, hoje reconhecida internacionalmente, é composta pelas letras "HSBC" mais um hexágono vermelho e branco. Esse símbolo hexagonal passou a ser usado pelo HSBC em 1983, como parte da identidade corporativa da The Hongkong and Shanghai Banking Corporation (primeira empresa do Grupo HSBC, fundada em 1865). A idéia para a criação do hexágono surgiu a partir da tradicional bandeira da The Hongkong and Shanghai Banking Corporation: um retângulo branco dividido diagonalmente para representar a forma de uma ampulheta vermelha. Assim como as bandeiras de várias outras companhias de Hong Kong no século XIX, seu design baseou-se na cruz de Santo André."


Ampulheta? Cruz de Santo André? O fato é que decompondo o desenho é possível enxergar uma pirâmide em pelo menos cinco perspectivas diferentes:



A geometria de um desenho fala por ele mesmo, independentemente das explicações que sejam dadas pelas instituições. O uso da pirâmide pelo HSBC não é um caso isolado, mas imagine como pode ser embaraçoso explicar o porquê do símbolo de um Banco desse porte ser uma pirâmide desenhada em vários ângulos. Mas se meditarmos nos rombos trilhonários que sucatearam vários gigantes do setor bancário americano e no mundo desde 2008, considerando o lastro em títulos podres; veremos que a falsa riqueza que muitos estão vendo desmoronar, atualmente, foi construída sobre um sistema de pirâmide que se mostra insustentável através do tempo e pode ter sido criado com o deliberado propósito de ruir e causar um caos social, levantando o clamor por uma Nova Ordem...

Li um post do site do Johnson Banks (destacado estúdio londrino especializado em identidade visual) sobre a tendência ao arredondamento de fontes e logos pelas corporações. Este seria o caminho que o Barclays vem tentando percorrer. A explicação estaria no objetivo de aumentar sua aceitação, adquirindo uma imagem mais humana perante a opinião pública. Teoricamente, a ausência de cantos agudos serviria para sugestionar a sensação de algo que não pode ferir. Mas, segundo o texto, essas empresas estariam incorrendo no erro da mesmice, descaracterizando suas identidades visuais como se suas "personalidades corporativas" pudessem mudar com tais alterações. É possível, mas essa parece mais a perspectiva de um profissional preocupado com questões relativas à criatividade e à diferenciação que, nesse nosso mundo "globalizado" tendem a perder cada vez mais espaço.

Abaixo o link do texto original em inglês:
http://www.johnsonbanks.co.uk/thoughtfortheweek/index.php?thoughtid=32


Essa temática infantil que remove os ângulos dos símbolos; arredonda as fontes e usa cores suaves, mas ao mesmo tempo vibrantes para camuflar qualquer resquício de agressividade é uma grande cilada. É claro que isto não vai mudar a "personalidade corporativa" de uma empresa, mas terá repercussão na forma como a instituição é vista pelos seus clientes. Arredondado ou não, o símbolo do Barclays continua sendo uma águia e quanto maior for a identificação entre a presa e o predador, melhores serão as chances de captura e festim...

Uma das maiores armadilhas que sujeitam os homens desde épocas imemoriais são as dívidas financeiras. De fato, a condição de penúria muitas vezes abre espaço para crenças que nada têm a ver com a palavra de Cristo. Por tal via, há os que se fazem escravos de Igrejas que mensuram a comunhão entre o homem e Deus através das riquezas acumuladas. Também existem aqueles que pactuam diretamente com "Mamom" sob seus mais diversos nomes para obter benefícios que são tão terrenos quanto efêmeros.

Ao Cristão cabe reconhecer e se apartar de tudo aquilo que enganosamente transforma ambições legítimas em ganância, conduzindo à corrupção e demovendo do homem a liberdade concedida por Deus, através do precioso sangue de Jesus Cristo.

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Lúcifer é Satanás?

INTRODUÇÃO

"A maior façanha do diabo foi convencer a todos de que ele não existe."
Charles Baudelaire – O Jogador Generoso – 1864


Vivemos numa época de ceticismo, imersos num mundo materialista...

Parte do processo que tem levado a humanidade a uma crescente decadência em termos morais e espirituais deriva da negação da antiga personificação do Mal, a antiga "serpente", também conhecida como Satanás.


Avançando na descrença, as tradições são vistas como obstáculos contrários ao direito de ser e pensar livremente, anunciado pelo advento de uma "Nova Era". O imediatismo consumista e o mau exemplo dos que ocupam as lideranças sociais conduzem a uma perigosa perda de referências no discernimento entre o certo e o errado. Diante da idéia de que o Mal não existe, florescem os apelos para o usufruto dos prazeres de uma vida sem culpas; sem o peso do pecado que nada mais seria do que uma forma de controle instituída pelas religiões. Principalmente, a cristã.

Um dos grandes chamarizes desse convite à liberdade que facilmente converge para a libertinagem, abrindo portas para todos os vícios, é o objetivo indefinido de uma expansão da consciência. Deus é transformado numa inteligência universal amorfa com a qual podemos nos sintonizar através de métodos de meditação e a comunhão com uma fraternidade de mestres responsáveis pela evolução humana, no mesmo nível de Cristo.

Fazer com que o homem simplesmente negasse a existência de Deus seria impraticável, pois crer em Deus e clamar por sua misericórdia sempre resulta positivo. Ninguém estaria disposto a abrir mão daquilo lhe faz bem sem receber algo em troca. A solução para negar a Deus surge, indiretamente, pela negação de Satanás. Negar a existência do Mal, recebendo um simulacro de liberdade onde tudo é permitido, conduz à uma efêmera sensação de conforto e bem estar derivada da gratificação dos sentidos. Essa é uma troca tão comum quanto sutil...

Como combater algo cuja existência nós repudiamos e, portanto, passamos a não enxergar? Iludido pelo propósito de conhecer a si mesmo, através de um individualismo experimental que nada condena e ainda ensina que a vontade pessoal é a única lei, o homem corre o risco de se envolver em práticas que corrompem a moral e os bons costumes, comprometendo a sua saúde física, mental e espiritual. E por ignorar a natureza do Mal, torna-se, ele próprio, o mais perfeito canal para a sua expressão.

É necessário que a noite exista para que possamos enxergar as estrelas e reconhecer a luz de cada amanhecer. Satanás virou motivo de piada e deboche, identificado com superstições da crendice popular e aberrações das crenças religiosas. Mas a conseqüência de ignorar a existência do Mal é ignorar igualmente a existência do Bem, perdendo-se de seus princípios num mundo cujo verdadeiro príncipe é o próprio Diabo que apenas sorri e agradece.


O IMITADOR DE DEUS



“O demônio transportou-o uma vez mais, a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe:
- Dar-te-ei tudo isto, se prostrando-te diante de mim, me adorares.
Respondeu-lhe Jesus:
- Para trás, Satanás, pois está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás.”
Mateus 4, 8-10

Satanás é um usurpador!

É importante ter em mente a noção de que, desde o princípio dos tempos, ele quis ocupar o lugar de Deus no coração dos homens.

Uma vez que isto esteja bem claro, ficará bem mais fácil reconhecer muitas das suas artimanhas, utilizadas para confundir os homens. Boa parte delas se dá através de jogos de palavras e da perversão ou limitação de seus reais significados.

Sem dúvida, uma delas é a distorção da relação existente entre Vênus (a estrela da manhã, estrela d’alva ou estrela matutina) e Satã.

Sabemos que Lúcifer é uma das denominações utilizadas para identificar o Anjo Caído. Mas ela deriva de uma metáfora que granjeia os predicados de glória e beleza atribuídos ao planeta Vênus. Pelo que nos ensina a Bíblia, antes de se tornar ha-Satan (hebraico, “o Acusador”) ou al-Shaitan (árabe, “O Adversário”), o Diabo era um anjo de esplendida majestade, daí ser honrado com uma analogia à estrela da manhã. Jesus diz que ele “não se firmou na verdade” (João 8, 44), o que conduz à dedução de que ele já esteve nela algum dia e, até se rebelar, desfrutou de prestígio junto ao Criador.

Ainda, biblicamente falando, o termo “Estrela d’Alva” parece não estar mesmo destinado a ser uma referência exclusiva, servindo como analogia para representar mais do que um único ser:



“Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?”
Jó 38,7

TEOSOFIA – A Matriz do Movimento Nova Era

Para aqueles que não estejam familiarizados com as escolas de ocultismo, farei uma breve apresentação da Sociedade Teosófica. Alguns podem confundir a teosofia com a teologia que é o estudo sobre Deus. O vocábulo teologia deriva do grego theologia; onde theos significa Deus e logos se refere ao estudo ou razão. No cristianismo, tal estudo se debruça sobre a revelação de Deus na Bíblia, buscando obter uma compreensão racional da natureza divina. Já a palavra Teosofia deriva de theosofia, ligando theos com outra palavra grega que é sophos e significa sabedoria. Portanto, teosofia é comumente traduzida como “sabedoria divina”.

A Sociedade Teosófica foi fundada pela aristocrata russa, médium e satanista, Helena Petrovna Blavatsky e o coronel Henry Steel Olcott, seu primeiro presidente; ambos iniciados na Maçonaria. Basicamente, a Teosofia se ocupa de um conjunto doutrinário que pretende revelar a sabedoria divina que estaria na raiz de todas as religiões e filosofias; sob o pressuposto de uma verdade única capaz de integrar todas as correntes de pensamento. Na prática, trata-se de um movimento disseminador de métodos e princípios ocultistas que propõem a comunhão com uma hierarquia de mestres invisíveis, supostamente encarregados de instruir a humanidade para a evolução de sua consciência. De acordo com os ensinamentos teosóficos, Jesus seria apenas um dos mestres dessa “Fraternidade Branca”, também denominados avatares, que eventualmente se manifestam na terra para guiar a humanidade. Ela se opõe a Teologia Cristã e como veremos no Glossário Teosófico, identifica Lúcifer ou Satanás como o verdadeiro benfeitor da humanidade cuja imagem teria sido corrompida pela Igreja.

A Sociedade Teosófica pretendeu apresentar o novo “Instrutor do Mundo” ou “Mestre Espiritual” que seria o avatar para uma Nova Era. Seu nome era Jiddu Krishnamurti. O grande mentor de Krishnamurti e articulador da campanha para promovê-lo como messias foi Charles Leadbeater, maçom de grau 33 e líder teosófico, envolvido em escandalosas acusações de assédio homossexual e pedofilia. Para esse fim, derivaram a Ordem Internacional da Estrela do Oriente, tempos depois dissolvida pelo próprio Krishnamurti que, aparentemente, recusou-se a servir de canal para aquele propósito. Digo aparentemente porque, ao “desligar-se”, Krishnamurti se tornou um ícone da anti-religião, pregando contra o sistema, condicionamentos e toda forma de autoridade restritiva; em favor da descoberta pessoal e da liberdade experimental, onde cada um pode e deve ser o seu próprio mestre, não existindo verdadeiramente nenhum Salvador.

Curiosamente, Krishnamurti se tornou o guru que pregava pela rejeição de mestres e gurus, nas sendas do individualismo preconizado pela Nova Era que nega a divindade de Jesus. Propositalmente ou não, diria que ele realizou com perfeição a obra para a qual foi destinado, tanto quanto a Sociedade Teosófica cumpriu muito bem o papel para o qual foi criada.

Vejamos o que diz o Glossário Teosófico sobre Lúcifer:




Lúcifer (Lat.) – O planeta Vênus, considerado como a brilhante “Estrela Matutina”. Antes de Milton, Lúcifer nunca havia sido um nome do Diabo. Pelo contrário, visto que no Apocalipse (XXII, 16) o Salvador cristão faz dizer de si mesmo: “Eu sou… a resplandecente estrela da manhã*” ou Lúcifer. Um dos primeiros Papas de Roma possuía tal nome e havia até, no séc. IV, uma seita cristã denominada os Luciferianos. [Lúcifer vem de Luciferus, portador de luz, aquele que ilumina, e corresponde exatamente à palavra grega Phosphoros]. A Igreja dá hoje ao Diabo o nome de “trevas”, enquanto que no Livro de Jó chama-se de “Filho de Deus”, a brilhante Estrela Matutina, Lúcifer. Há toda uma filosofia de artifício dogmático devido ao fato de que o primeiro Arcanjo, que surgiu das profundezas do Caos, foi chamado de Lux (Lúcifer), o luminoso “Filho da Manhã” ou Aurora Manvantárica. A Igreja transformou-o em Lúcifer ou Satã, porque é anterior e superior a Jehovah e tinha de ser sacrificado ao novo dogma. (Doutrina Secreta, I, 99-100) Lúcifer é o portador de luz da nossa Terra, tanto no sentido físico quanto místico. (Doutrina Secreta, II, 36). Na Antiguidade e na realidade, Lúcifer, ou Luciferus, é o nome da Entidade Angélica que preside a Luz da Verdade, o mesmo que a luz do dia. Lúcifer é a Luz divina e terrestre, o “Espírito Santo” e “Satã” ao mesmo tempo (Idem, II, 539). Está em nós; é nossa Mente, nosso Tentador e Redentor, o que nos livra e salva do animalismo puro. Sem este princípio – emanação da mesma essência do puro e divino princípio Mahat (Inteligência), que irradia de um modo direto da Mente divina – com toda a certeza, não seríamos superiores aos animais. (Ibidem, II, 540). Lúcifer e o Verbo são um só em seu aspecto dual. Equivale ao Ezanas-Sukra da Índia. (Ver Chandra-vanza, Luz Astral, Satã, etc.)
Glossário Teosófico – página 328
Mediante o glossário teosófico, Lúcifer, além de Satã, seria o próprio “Espírito Santo”. Esta é uma afirmação bastante esperada, uma vez que é da índole de Satanás tentar se passar por Deus. Neste caso, com o objetivo de roubar a glória da verdadeira “Estrela Radiosa da Manhã” que é Jesus. Vejamos a íntegra do trecho Bíblico citado pelo Glossário:



* “Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã.”
Apocalipse 22,16
Jesus declara que enviou o seu anjo e não que é um Anjo, muito menos Lúcifer-Anjo. A conclusão do glossário é capciosa, pois toma a expressão “estrela da manhã” por Lúcifer, no sentido de ser o Anjo Caído, ao invés de ser a denominação romana para a Estrela D’Alva, usando de astúcia para confundir Satã com o Salvador da Humanidade... O Filho de Deus se identifica claramente como Jesus, adotando para si os atributos da “Estrela da Manhã” porque Ele é a verdadeira luz que anuncia a chegada do Pai; simbolicamente, o Sol de um novo dia que irá raiar sobre um mundo mergulhado nas trevas.

Além disso, antes de qualquer analogia, Jesus estabelece a sua linhagem com Davi que nada tem a ver com Lúcifer e cuja menção é omitida no texto do Glossário.



VÊNUS ASTRONÔMICO

Vênus, juntamente com Mercúrio, possui uma órbita interior à órbita terrestre; trata-se do segundo planeta do sistema solar e o seu brilho só é excedido pelo Sol e pela Lua. Para entender melhor o significado simbólico, é fundamental estudar um pouco sobre Vênus, do ponto de vista astronômico.

As órbitas planetárias não são perfeitamente circulares, mas alongadas ou elípticas (círculos achatados). Além disso, os planetas não se movimentam nivelados dentro de um mesmo plano. Cada qual realiza o seu percurso em torno do sol com uma inclinação orbital que lhe é própria.




Geometricamente, o círculo é considerado a figura mais perfeita e harmoniosa; aquela que começa e termina em si mesma, remetendo, portanto, à idéia de Deus; o alfa e o ômega; o princípio e o fim. Curiosamente, além do brilho, uma das peculiaridades de Vênus é possuir a órbita mais circular entre todos os demais planetas.

A simetria é uma característica diretamente relacionada com a beleza e até em seus movimentos, Vênus demonstra graciosidade ou elegância.

Por sua natureza dupla, Vênus é um planeta digno das escolas de mistérios. Na mitologia grega é Eósforo quando surge como estrela matutina e Héspero quando aparece ao entardecer. Para os romanos é Lúcifer, no nascer da aurora; e Vésper, no cair da tarde.

Essa “duplicidade” é explicável pela Mecânica Celeste, ramo da astronomia que estuda o movimento dos corpos celestes e sua posição relativa. Estamos situados no planeta Terra e nossas observações do movimento dos demais planetas estão baseadas neste nosso ponto do sistema solar. Em outras palavras, a nossa perspectiva celeste está relacionada e é influenciada pelo nosso referencial terrestre.

Visualizando que os planetas do nosso sistema se movimentam em diferentes velocidades, com diferentes órbitas e inclinações, estando localizados interna ou externamente em relação à órbita terrestre podemos compreender que aquilo que vemos da Terra representa o movimento aparente dos astros.

Prestemos atenção nisto: em termos astronômicos, existe o movimento real e o movimento aparente que nada mais é do que a impressão que temos ao observarmos o trajeto dos corpos celestes do ponto de vista geocêntrico. Embora não aconteça de modo real, do ponto de vista geocêntrico, em certos períodos, os planetas parecem reduzir a marcha, estacionar, voltar para trás em seu percurso (movimento retrógrado), reduzir a marcha novamente, estacionar outra vez e então retomar o passo para frente (movimento direto).

Observemos um movimento hipotético na ilustração abaixo:


Na realidade o planeta não inverteu verdadeiramente o sentido do seu movimento. Essa inversão apenas parece ocorrer porque a Terra também faz parte do sistema solar e participa dessa “dança planetária”.

A próxima animação foi criada para ajudar a esclarecer este comportamento visual. Informo que é meramente ilustrativa, não obedecendo ao formato das órbitas dos planetas, efemérides (tábuas astronômicas que indicam as posições planetárias) ou escalas de correspondência proporcional com suas dimensões reais. Além disto, para fins didáticos, serão exibidos apenas o Sol, Vênus e a Terra.

Dentro do quadrado, no lado esquerdo, tentei reproduzir o movimento de Vênus na perspectiva do observador terrestre. No lado direito, na visão sideral, usei uma linha reta para ligar os dois planetas, projetando no espaço o movimento de Vênus visto da Terra, de acordo com os ângulos formados na translação dos dois corpos:



Por estar dentro de uma órbita interior à órbita terrestre, Vênus nunca se distância mais do que aproximadamente 48º do Sol (sua maior distância ou elongação máxima) na perspectiva geocêntrica.

A intensidade de seu brilho e a mudança aparente de sua localização no céu, que pode ser anterior ou posterior ao Sol também deriva do nosso ponto de vista como observadores posicionados na Terra.

Dependendo da época, o planeta Vênus pode ser visto subindo do leste e antecipando o nascimento do Sol como “Estrela da Manhã”, Eósforo ou Lúcifer; tanto quanto pode descer ao oeste, coroando o pôr do Sol como “Estrela Vespertina”, Héspero ou Vésper. Mas se trata de um fenômeno aparente, uma ilusão de ótica derivada do nosso local cósmico de observação.

De igual modo, quando esse fenômeno é transposto para a linguagem simbólica, a expressão “Estrela da Manhã” não representa uma condição real, mas uma comparação imaginária da qual é possível extrair os atributos que desejamos associar a um anjo, a um rei ou ao próprio Filho de Deus.

Através de uma coisa é possível representar ou sintetizar outra ou mais de uma... Disso derivam figuras de linguagem como metáforas, alegorias e parábolas.



AS FIGURAS DE LINGUAGEM: EZEQUIEL 28 e ISAIAS 14

Nem tudo na Bíblia deveria ser tomado em seu sentido literal. O uso de metáforas, parábolas e alegorias enriquecem a linguagem dentro de um modelo de informações multicamadas que pode abordar mais de um assunto simultaneamente.

Primeiro, é interessante definir cada um desses recursos lingüísticos e vamos fazê-lo de acordo com aquilo que consta no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa:


  • Metáfora. [Do gr. metaphorá, pelo lat. metáphora] S. f. Ret. Emprego em que a significação natural de uma palavra é substituída por outra, em virtude de relação de semelhança subentendida: a primavera da vida; a luz da inteligência.b
  • Alegoria. [Do gr. allegoría, pelo latim allegoria.] S. f. 1. Exposição de um pensamento sob forma figurada. 2. Ficção que representa uma coisa para dar idéia de outra. 3. Seqüência de metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido. 4. Obra de pintura ou de escultura que representa uma idéia abstrata por meio de formas que a tornam reconhecível. 5. Simbolismo concreto que abrange o conjunto de toda uma narrativa ou quadro, de maneira que a cada elemento do símbolo corresponda um elemento significado ou simbolizado.
  • Parábola. Narração alegórica na qual o conjunto dos elementos evoca, por comparação, outras realidades de sentido superior.

Sobre a parábola, podemos assumir por “sentido superior” algum preceito moral ou religioso que se queira comunicar.

Vamos agora examinar a polêmica existente quanto a interpretação de Ezequiel 28, cujo sentido querem atribuir exclusivamente a uma profecia contra o rei de Tiro ou estender a Adão, isentando Satanás:



1. E veio a mim a palavra do Senhor dizendo:

2. Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor DEUS: Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus;
3. Eis que tu és mais sábio que Daniel; e não há segredo algum que se possa esconder de ti.
4. Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste para ti riquezas, e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros.
5. Pela extensão da tua sabedoria no teu comércio aumentaste as tuas riquezas; e eleva-se o teu coração por causa das tuas riquezas;
6. Portanto, assim diz o Senhor DEUS: Porquanto estimas o teu coração, como se fora o coração de Deus,
7. Por isso eis que eu trarei sobre ti estrangeiros, os mais terríveis dentre as nações, os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria, e mancharão o teu resplendor.
8. Eles te farão descer à cova e morrerás da morte dos traspassados no meio dos mares.
9. Acaso dirás ainda diante daquele que te matar: Eu sou Deus? Mas tu és homem, e não Deus, na mão do que te traspassa.
10. Da morte dos incircuncisos morrerás, por mão de estrangeiros, porque eu o falei, diz o Senhor DEUS.

Nessa primeira parte fica claro que se trata de um vaticínio contra um homem. Deus o coloca em seu devido lugar como ser mortal que apesar de toda sua inteligência e sabedoria não se pode equiparar a Ele. Diferentemente do anterior, o trecho seguinte é intitulado como uma lamentação (também traduzido em outras versões como um “cântico fúnebre”). Neste ponto, ingressamos numa alegoria porque fica claro que Deus compara o destino do príncipe de Tiro com um destino semelhante dado a outro ser igualmente orgulhoso que a Ele pretendeu se igualar:


11. Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
12. Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.
13. Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônica, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados.
14. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.
15. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.
16. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor*, do meio das pedras afogueadas.
17. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.
18. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.
19. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá.


*Cobridor é também traduzido por “protetor” em outras versões.

Querer atribuir essa passagem a Adão é forçar todo e qualquer entendimento razoável, seja em função de debilidades interpretativas ou até de interesses inconfessáveis com má fé deliberada.

Desde quando Adão era um querubim? Adão se cobria de ornamentos e de pedras preciosas ou andava nu, até ficar ciente de sua condição? E Adão era protetor do quê? Proteger não é uma função angélica?

Desde quando Adão resplandecia por causa de sua sabedoria, se era inocente até consumir o fruto proibido? Adão tinha violência no coração? Ele foi punido por cometer iniqüidades ou por uma desobediência induzida pelo próprio anjo tentador de que fala o texto?

Que tipo de comércio era praticado por Adão? A palavra comércio também se refere a trato social, convivência, além de relações sexuais ilícitas... Não é dito que os “Filhos de Deus” desposaram as filhas dos homens? (Gênesis 6, 1-2)

Diz o versículo 17: ”corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor”. Que resplendor é esse senão o conhecimento? Atributo que difere da sabedoria e pode levar a arrogância. Aqueles que dizem deter o conhecimento dos mistérios não se intitulam iluminados?

Existe uma ligação metafórica relacionando luz com conhecimento. Assim é que a luz que se diz trazida por Lúcifer à humanidade é a luz do conhecimento. Vimos atrás que o Glossário Teosófico declara que Lúcifer seria portador da luz da “Verdade”. Outra metáfora.

Ser o “selo da medida” é uma qualidade que pode ser relacionada ao planeta Vênus; pois medida se refere a equilíbrio, equidade, simetria e já foi dito que, astronomicamente, Vênus é o planeta que possui a órbita mais perfeita ou circular. Não é por acaso que, na Astrologia, Vênus rege o signo de Libra ou Balança. Signo ligado à beleza, a estética, as artes, à justiça e à precisão matemática. Isto tudo está de acordo com a descrição de ser “perfeito em formosura”.

Aquele que vivia em resplendor foi lançado por terra e isto é o que aconteceu com Lúcifer-Satanás.

Uma única palavra pode fazer grande diferença na interpretação de um texto. Vejamos João 8,44:


“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.”
É preciso notar que o texto diz que o Diabo não se firmou na verdade” ao invés de nunca se firmou na verdade” como já vi alguns comentarem de modo a distorcer completamente o sentido da frase.

Como o texto de Isaias 14 também faz menção a Satanás e tem sido colocado em dúvida quanto aos reais protagonistas da narrativa, é importante analisá-lo sob igual prisma, eventualmente, acareando as distintas versões da Bíblia Online, Bíblia Católica e Vulgata.

Vejamos:


4.“Então proferirás este provérbio1 contra2 o rei de babilônia, e dirás: Como3 já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!”

4.“Cantarás esta sátira1 contra2 o rei de Babilônia, e dirás: Como3? Não existe mais o tirano! Acabou-se a tormenta!”

4.“Sumes parabolam1 istam contra2 regem Babylonis et dices quomodo3 cessavit exactor quievit tributum”


NOTA:
1. Aquilo que a Bíblia Online traduz por provérbio, que é uma máxima popular ou um ditado; a Bíblia Católica (versão da Editora Ave Maria) traduz por sátira, no sentido de ridicularização ou escárnio; enquanto a Vulgata remete à idéia de uma parábola, reforçando o sentido alegórico. Portanto, não se deve tomar os próximos versículos em seu sentido literal.

2. Outra observação importante é que não são os reis da Babilônia quem falam, conforme já ouvi mencionarem, mas é contra o rei babilônico que é falado de forma a ridicularizá-lo, escarnecendo de sua arrogância. Esse primeiro versículo é apresentado em um formato diferente nas três versões, mas cada qual zomba, ao seu modo, da queda do rei da babilônia. A palavra dos “reis da Babilônia” só se faz notar a partir do versículo de número dez.

3. O advérbio “como” serve tanto para questionar a causa quanto para afirmar a maneira como o rei caiu, o que é revelado através da continuidade da leitura.




Prossigamos:

5. “Já quebrantou o SENHOR o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores.”
6. “Aquele que feria aos povos com furor, com golpes incessantes, e que com ira dominava sobre as nações agora é perseguido, sem que alguém o possa impedir.”
7. “Já descansa, já está sossegada toda a terra; rompem cantando.”
8. “Até as faias se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano, dizendo: Desde que tu caíste ninguém sobe contra nós para nos cortar.”
9. “O inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os chefes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações”
10. “Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós.”
11. “Já foi derrubada na sepultura a tua soberba com o som das tuas violas; os vermes debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão.”


NOTA:
Deus pode partir os símbolos de majestade que representam os poderosos (bastão e cetro) quando bem entender, perseguindo os opressores violentos e gananciosos para pacificar a terra. Eis o motivo da queda do rei da Babilônia.

O escárnio continua através da zombaria dos que outrora foram vítimas, metaforicamente representados por faias e cedros que não temem mais serem “cortados”.

Do versículo oito até o número nove, esse sarcasmo fica ainda mais evidente. O rei da babilônia cai do trono de sua altivez e causa espanto até no inferno, despertando os próprios mortos para recebê-lo, assim como chefes e monarcas que se constrangem por que o rei se revelou tão mortal quantos eles próprios.

No décimo e décimo primeiro versículo, outros soberanos do império manifestam o seu espanto e declaram que a primeira coisa derrubada na sepultura do rei da Babilônia foi a sua própria soberba, o falso orgulho ou arrogância... Mesmo assim, não se deve considerar o conteúdo como sendo, literalmente, a palavra dos outros reis, mas uma conjectura zombeteira do que eles diriam por assombro da tragédia que se abateu sobre o rei da Babilônia.


Veremos agora aquela que me parece a passagem mais interessante e reveladora:

12.“Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!”

12.“Então! Caíste dos céus, astro brilhante, filho da aurora! Então! Foste abatido por terra, tu que prostravas as nações!”

12.“Quomodo cecidisti de caelo lucifer qui mane oriebaris corruisti in terram qui vulnerabas gentes”

NOTA:
Neste versículo temos mais uma alegoria servindo para estabelecer um paralelo entre duas situações diferentes. Desta vez, entre o Anjo Caído e o rei da Babilônia.

O advérbio “como” tem sentido comparativo. Percebam que não se trata de uma pergunta, mas sim de uma afirmação. “Como”, no uso empregado pelo versículo, sugere “do mesmo modo ou jeito” ou “semelhantemente a algo”. Ou seja, do mesmo modo que Lúcifer foi derrubado do céu, assim caiu o rei que debilitava as nações.

A versão católica é um tanto menos precisa, mas o advérbio “então” também possui uma conotação indicativa de tempo, significando “em tal caso” ou “nesse caso” e implicando em condições ou circunstâncias. Pode ainda ter a conotação conclusiva de denotar uma causa no sentido de “pois” ou “a vista disso”, principalmente por ser citado de forma afirmativa. Assim, podemos dizer que em tal caso (orgulho soberba, arrogância), Lúcifer foi derrubado do céu e a vista disso (dos mesmos fatores) também foi abatido o rei que prostrava as nações.

Quomodo é a derivação latina para o advérbio “como”. Ela é usada tanto para perguntar (de “que modo” ou de “que maneira”) quanto para correlacionar, ratificando a idéia de comparação entre aquilo que aconteceu com o Anjo Caído e o que sucedeu ao rei da Babilônia.



Em seguida:


13. “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte.”
14. “Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.”



NOTA:
Prossegue a comparação entre o rei e Lúcifer, o qual desejou estabelecer o seu trono acima de Deus, tornando-se semelhante ao Altíssimo.


Finalizando:


15. “E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.”
16. “Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?”
17. “Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?”
18. “Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada.”
19. “Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado.”
20. “Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada.”
21. “Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades.”
22. “Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR.”
23. “E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o SENHOR dos Exércitos.”


NOTA:
A ode de humilhação conjura a condenação final do rei da Babilônia, falando do espanto daqueles que testemunharam o seu poder e então assistem a sua queda. O rei é desonrado ante os nobres de outras nações que souberam agir com dignidade e com os quais não se reunirá em sepultura, nem prolongará o seu nome através da descendência, pois sua posteridade será exterminada.

Conclui-se, portanto, que não há um único versículo que possa ser atribuído a Adão ou que tenha sido usado para denegrir o nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.



A Vulgata é uma tradução da Bíblia feita por São Jerônimo para o latim a pedido do Papa Damaso I, no ano 382. A palavra Lúcifer tem origem romana, sem derivação no hebraico. Nela, o termo Lúcifer é repetido três vezes para significar a “Estrela da manhã” com conotações distintas:


“et quasi meridianus fulgor consurget tibi ad vesperam et cum te consumptum putaveris orieris ut lúcifer

“E a tua vida mais clara se levantará do que o meio dia; ainda que haja trevas, será como a manhã.”
Jó 11,17

“quomodo cecidisti de caelo lucifer qui mane oriebaris corruisti in terram qui vulnerabas gentes”

“Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!”
Isaías 14,12

“et habemus firmiorem propheticum sermonem cui bene facitis adtendentes quasi lucernae lucenti in caliginoso loco donec dies inlucescat et lucifer oriatur in cordibus vestris”

“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.”
II Pedro 1,19


Mas uma vez entendido que Lúcifer tem um significado muito mais amplo do que apenas uma referência aos tempos gloriosos de Satanás, antes de sua queda, quando ele ainda era um exemplo de formosura, essas citações tornam-se plenamente compreensíveis e livres de falsas contradições.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

É um fato público e notório que os satanistas desprezam Jesus e louvam a rebeldia do Anjo Caído. A luz de Lúcifer é irradiada pelo conhecimento ocultista das escolas de mistérios que pretende conduzir a um estado de iluminação ou hiperconsciência. Já a luz de Jesus é a revelação do caminho que redime nossa alma de todos os pecados e conduz à presença do Pai Celestial. Os seguidores de Lúcifer desejam ser como deuses para realizar os seus próprios desejos. Os seguidores de Jesus querem seguir o seu exemplo de amor e desapego para realizar a vontade de Deus Pai Criador. Portanto, se nomes podem ser usados para causar confusão, basta conhecer os “frutos da árvore” para desfazer qualquer engano:


“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.”
Mateus 7, 13-20

O famigerado pentagrama invertido, com a ponta voltada para baixo sugere queda ou precipitação. Ele remete à idéia de uma estrela cadente e nos querem fazer crer que Lúcifer desceu ao mundo dos homens para trazer “conhecimento” e nos libertar das trevas da ignorância. Porém, alguém irá acreditar que foi o próprio planeta Vênus que caiu? Claro que não! Quem caiu foi um Anjo cuja beleza resplandecente ainda está associada ao segundo planeta do sistema solar. Assim, é importante aprender a distinguir os significantes (neste caso, Vênus) dos significados (no caso, Lúcifer), pois um mesmo símbolo pode ter suficiente neutralidade e versatilidade para que lhe sejam atribuídos variados tipos de associações.

Voltando ao Apocalipse 22,16: “Estrela Matutina” não é um nome próprio e nem um título concreto, mas uma metáfora! Também convém entender que uma metáfora indica semelhança e não a própria identidade daquele a quem se aplica, pois, principalmente por falarmos de Jesus, não devemos incorrer no erro de confundir o Criador com a criatura.

Jesus não é a “Estrela d’Alva” ou o planeta Vênus em si, fisicamente falando. O versículo também não dá margens à Astrolatria que é o antigo culto aos corpos celestes. Diferentemente, Jesus está sugerindo uma associação alegórica que correlaciona o seu papel para a humanidade com a natureza astronômica do planeta Vênus.


Assim, Satanás pode ter sido comparável à “Estrela D’Alva”, algum dia. Disso resulta sua alcunha ou título simbólico de Lúcifer, mas que, após a sua queda, refere-se ao seu passado angelical e não ao seu presente diabólico. A verdadeira “Estrela Radiante da Manhã” é Jesus, porém, jamais deveríamos chamá-lo de Lúcifer, pois, em nossos tempos, isto faz parte do engano que vem sendo popularizado para confundir o Nosso Salvador com o nosso Adversário!


Que o Divino Espírito Santo ilumine o nosso entendimento, nos conduza pelos caminhos da verdade e nos mostre as armadilhas do Caluniador.




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